Nossa, quanto tempo sem minhas reminiscências virtuais!
Li algo outro dia sobre o fato de que somos o que lembramos. E, lembrei (sem falso trocadilho) que tinha lido também um texto semelhante, mas mais poético, claro, do Gabriel Garcia Marquéz que diz que a vida não é o que a gente viveu, mas o que a gente recorda.
Aí fiquei pensando sobre a importância do blog como estruturador das nossas lembranças e também como uma fonte de preservação das mesmas. E me dei conta, então, que preciso vir com mais freqüência fazer minha catarse on-line.
Um ano e meio depois do nascimento do Pedro, vejo que as coisas vão entrando, enfim, numa rotina já administrável. E ele também vai conquistando algumas emancipações importantes. Já caminha (desde um ano e um mês), já come uma série de coisas sozinho, já entende as rotinas tomando a posição esperada em cada situação (ainda que nem sempre) como o banho, a troca de fraldas, a colocação na cadeira do carro para passear, na cadeira de comer, a hora de dormir, a hora de ver tv, a hora de passear, etc.
Entende praticamente tudo o que falamos, inclusive alguns temas mais abstratos. Já fala, ainda que por enquanto seja o "pedrês", que entendo em parte. Mas quando não é entendido, pega nas minhas duas mãos e me faz levantar para mostrar o que quer, o que significa grande mudança no nosso relacionamento. Ainda fico insistindo para que me diga o que quer - em português - para dar uma forçadinha no rapaz.
Também reconhece as outras pessoas e, sobretudo, as outras crianças, o que é ótimo. Aguardo ansiosa por levá-lo à escolinha imaginando quanto encantado não ficará com todas as possibilidades ofertadas pela socialização.