quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Guri Noel



Gente:

Embora goste desse momento do ano - esses dias que antecedem o Natal e a virada do calendário - os dias das festas em si há tempo que já me incomodam. É aquele clima de nostalgia, misturado com uma série de circunstâncias que essas festas forçosamente desenham...são certas presenças e certos comportamentos esperados por nós e pelos outros sobre nós...é o inevitável "balanço" do que passou somado a idéias transitando sobre o que virá e...enfim. Faço esforço para entrar "no clima" e para não aborrecer e me aborrecer.



Acontece que desta vez, o Pedro, com seus cinco meses de idade e de total incompreensão ainda do que vem a ser Natal e festejos de Ano Novo, veio dar um novo sentido a esses momentos.



Natal de fato combina com criança. Por isso esse ano, por exemplo, fiz a primeira (isso mesmo) a minha primeira árvore de Natal na minha casa. (Ok, serei justa, fizemos a árvore, eu e o Dê). E por isso, foi muito escolhida e cuidadosamente montada. Está linda.
Além disso, eu já nem me incomodo de ouvir as mesmas repetitivas musiquinhas de Natal. Vou confessar que quase gosto. Acho que acertei o tom desta vez e já consigo até sentir o que supostamente a civilização ocidental e cristã parece sentir nesta época e que tem sido traduzido pelo espírito de Natal.
Talvez as festas tenham se ressignificado sobretudo por conta desse presente incrível que a vida me deu. Ser mãe, mas especialmente ser mãe dessa coisinha mais fofa que não canso de contemplar e dizer a mim mesmo para que enfim eu acredite: é meu filho, é meu filho...fui em quem fiz...sou mãe dele...





Sem retórica e com muita verdade: "Feliz Natal para todos".

domingo, 7 de dezembro de 2008

Um dindo e duas dindas

Gente, quanto tempo!

Pensei várias vezes nos inúmeros acontecimentos dignos de registro no blog e minha falta de tempo para sentar e contá-los.

E os dias passam tão rápido...E já voltei a trabalhar...

Enfim.

A primeira notícia que quero contar é que, apesar de nossas restrições com religiões, especialmente as relacionadas às arbitrariedades da Igreja Católica, decidimos que o Pedro merecia ter um padrinho e uma madrinha. No caso dele, duas madrinhas e um padrinho.

Então, durante um churrasco em Faxinal - casa dos meus pais - resolvemos oficializar os nomes do meu irmão Cláudio - vulgo Scota - e da namorada Pâmela como padrinhos do garoto.

Como já tínhamos acertado anteriormente também o nome da Verônica como madrinha, o garotinho vai ter duas dindas e um dindo. Melhor pro Pedro que terá mais pessoas que o querem bem olhando por ele, especialmente quando das nossas ausências. Sim, falamos disso quando convidamos os dindos para assumir o compromisso com o afilhado. Da importância do apadrinhamento como uma referência para a criança. O discurso parece careta e fora de moda, mas a verdade é que dindos têm essa função. Além de dar presente, é claro (rs, rs).
Eles ficaram muito felizes com o convite - pelo menos quero acreditar nisso (rs,rs) - e eu e o Dê já estamos pensando na programação das férias daqui a alguns anos. Um tanto na casa dos avós e outro tanto na casa dos dindos. Como isso envolve quatro cidades diferentes, será um tour bem interessante para o garoto (rs, rs).
Bem deixo então fotinhos de afilhado e dindos.




P.S.: Gente, para quem tentou postar no meu blog e não conseguiu quero dizer que agora já acertei o problema. Bjs a todos.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Sabores






Quem me conhece - e nem precisa ser profundamente - sabe que sou uma apreciadora de sabores. Sou o que poderia se chamar de "boa de mesa" ou "boa de garfo", ou ainda segundo meu pai "que tem bom caimento". Pois é, comer é um prazer sem dúvida. E há tempos já pensava em como seria legal as experiências do Pedro com novos sabores além do leite que até então resumia o conhecimento dele sobre os alimentos.

Bem, com minha volta ao trabalho prevista para o próximo dia 01/12, estamos gradativamente introduzindo as novidades no cardápio do Pedro para que possam substituir o peito que estará ausente em algumas horas do dia.

A primeira experiência foi com suco de laranja do céu. Não muito bem recebida, preciso dizer. A cara dele foi bem feia ao experimentar o sabor. E na seqüência, a recusa. Insisti, mas foi em vão.

Na semana subseqüente foi a vez de experimetar uma fruta amassada. Optamos pela maçã. Esta teve grande aceitação. O gurizinho comeu todo o pratinho de maçã amassada. Bem legal.

E de agora em diante, muitas novidades virão desde a consulta ao pediatra na manhã de hoje. Ele montou um cardápio pro guri e aos poucos uma série de novidades vão poder ser saboreadas por Pedro que vai conhecer frutas e sucos além de sopas com vários legumes.

Deixo umas fotinhos do momento "novos sabores".

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Bico ou dedo





Gente:


Agora sou testemunha que as mães que nos levam ao divã do analista em 99% dos casos, são, por sua vez, também as que tentam evitar que isto aconteça. É, parece contraditório, mas talvez o problema seja na forma como elas fazem isso que redunde quase sempre em tentativas frustadas e, às vezes, desastrosas. Mas elas bem que tentam.


O negócio é que agora, mais do que nunca, entendi o que é projetar, querer, esperar que as coisas saiam de um jeito quando elas saem de outro em relação aos filhos. Ou seja, estou sim pecando pelo que sempre condenei...Mas, vou dizer, é muito difícil não pecar...


Todo esse trololó é para falar da descoberta terrível sobre o Pedro e que responde certamente pela minha primeira grande frustação em relação ao guri: ele chupa o dedo.


Sim, isso pode parecer uma bobagem, apenas uma manifestação da fase oral, mas...Pense... Depois de tentar dar o bico por "n" vezes e até investir num modelo importado, obtendo sempre a recusa dele, agora flagro o danado em delito freqüentemente. Chamo a atenção, tiro o dedo de sua boca (faz até "poc" o momento em que eu tiro o dedo da boca de tanto gosto e vontade com que ele chupa), mas sei que é momentâneo. Logo eu viro as costas (às vezes nem precisa virar as costas) e ele volta à transgressão.

Por um tempo, quiz que ele chupasse o bico por ser- não nego - um excelente calmante. Pensava que, na pior das hipóteses, depois poderia oferecer a ele um sem número de negociações - dar pro Papai Noel, pro véio do saco, pro monstro da palha, em troca de uma motoca, etc, etc - que substituíssem este prazer por outro.

Então, quando percebi que ele não ia mesmo chupar bico de jeito nenhum, passei a me dar conta que poderia comemorar e não entender como algo ruim. Afinal, ok, passaria mais trabalho com ele agora, mas evitaria as negociações futuras para abandonar o vício e os dentes tortos e os problemas respiratórios e etc...

Só que mal pude comemorar o quanto me senti orgulhosa por ele até que saquei que, claro, a fase oral não iria passar impune. Era muita ingenuidade da minha parte.

E agora cá estou pensando...Que tipo de negociação será suficientemente boa, capaz de fazê-lo abandonar este hábito que está ali literalmente ao alcance da mão a todo instante e por toda parte por onde for????

Ai, sinceramente, preferia o bico...





segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Das funções do blog




Me surpreendo com os sentidos nem antes imaginados que esses registros no blog podem produzir. Mais do que uma catarse pessoal, o blog já é uma instância de pesquisa e referenciação. (Quanta pretensão!!!). Ou seja, o que já não está na memória ou me aparece de uma forma quase apagada é reavivada pelas leituras de textos que, veja só, eu mesma escrevi.



O Pedro já tem três meses - completados ontem - e pensar nisso, imediatamente me remete ao "quando tudo começou". Aí lembro que foi há um ano atrás que engravidei. Em outubro. E de fevereiro em diante, já estão aqui, as impressões, sensações, enfim a história da preparação para a chegada do gurizinho. Tudo registrado para que eu não fique refém da minha memória que, diga-se de passagem, não é grande coisa.


Então fica engraçado, porque descubro um prazer de me reler evocando os sentidos daquele momento, mas agora, com a concretude presente do que era futuro. Bem bom.

E falando em bom, só para constar e ficar aqui registrado, o Pedro continua "bombando" segundo os números do pediatra, o que me faz começar a que ele seja até meio exagerado. Hoje o médico nos disse que o Pedro tem altura (68 cm) de um bebê de 8 meses e peso (7,3 kg) de sete. Relembrando: ele completou apenas 3 meses.

Bem, quero acreditar que isso seja só bom, embora ainda desconfie se essas medidas quase "dobradas" para a idade dele signifiquem isso mesmo. Até porque o médico confessou que o padrão de referência de altura e peso dos bebês brasileiros é adotado (ele mesmo não sabe porquê) tendo por base a população de Bauru no interior de São Paulo. E sabemos que aqui no sul a realidade e os tamanhos são ligeiramente diferentes (neste caso, maiores). Vide o caso de Santa Cruz do Sul.

No mais, posso dizer que ao sair da fase periclitante (os três primeiros meses), Pedro está simpático, rindo muito, mas também alternando momentos de alegria com manhas e chorinhos, de um tipo "novo" por assim dizer. Ao que tudo indica, segundo o pediatra, se devem a uma irritação nas gengivas que já apontam para a chegada - embora ainda distante - dos dentes.

Mais umas fotinhos do período para que a fonte de pesquisa futura esteja bem completa.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Mais do mesmo










Então o Pedro, próximo de completar três meses, está cada dia mais querido e lindo. Mais do mesmo.

E falando em mais, o que "mais" uma mãe poderia querer? Já dorme um sono tranqüilo e prolongado tanto durante o dia como à noite. Em algumas noites acorda uma vez apenas e ou nem acorda. Já mama bem mais espaçadamente (entre 2 e 3 horas de intervalo) e quando mama, mama muito o que é ótimo.

Ah, e eu sou uma mãe muito sortuda - por várias razões - mas aqui falo especialmente do fato de o guri não ter tido as malditas cólicas intestinais. Com mais uma semana ele sai da "zona periclitante dos três meses" e fica liberto de fato dessa maldição.

Então, só comemorações.
Deixo novas fotinhos do gatinho.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Novidades




Gente:
Sempre tento enxugar meus textos no blog para me adaptar à linguagem da web. Mas tem sido difícil. Cada vez que venho postar algo tenho sempre tanto para dizer.
Agora, por exemplo, quero registrar o segundo mêsversário do Pedro que tá cada vez mais querido. Aliás, agora, acho que já entendi a lógica dos bebês. A relação com eles começa difícil e desgastante aos nascer e vem gradativamente melhorando e tornando-se, por isso, cada vez mais e mais legal.

Por exemplo: ao nascer os bebês acordam várias vezes durante a noite para mamar porque mamam pouco a cada vez. Com isso a gente praticamente não dorme porque a cada mamada você acorda, pega ele do berço, dá mamar, espera fazer a digestão, põe ele no berço de novo e ao fazer isso quatro a cinco vezes por noite é impossível não sentir o cansaço. No entanto, hoje no segundo mês (alguns bebês demoram mais para se acomodar com os horários) o Pedro já estabeleceu uma rotina bem legal e só acorda uma vez durante a madrugada me possbilitando dormir e descansar.

Outra descoberta são os momentos de contemplação e de sorrisos dele que são de derreter a gente. Até um mês e meio mais ou menos, ele ou dormia, ou mamava, ou chorava. Agora há um novo estado em que ele observa o seu entorno querendo descobrir e entender as coisas e, às vezes, seguido como já falei aqui dos sorrisos encantadores. Prá vocês terem uma idéia, enquanto teclo, ele está lá assistindo Scoobydoo. Sim, ele fica em frente à tv super atento especialmente aos desenhos coloridos e que têm música. E às vezes até emite alguns sons querem estabelecer contato com as personagens. Vocês não imaginam a vontade que me dá de morder aquela criaturinha.
Também com o passar do tempo, uma nova conquista é ir aos poucos conhecendo o ritmo dele e codificar os diferentes choros. Isso faz muita diferença e sobretudo aproxima e vincula a gente a ele.

Por todas essas evoluções no relacionamento eu e o pai do Pedro não cansamos de elogiar o comportamento dele. Tá muito querido mesmo.

E prá completar, tá um gatinho, claro, como vocês podem ver.
Deixo mais umas fotinhos desses momentos impagáveis que temos vivido.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Dicas para fazer parar de chorar

Gente:

Já falei aqui sobre a impossibilidade da indiferença frente ao choro do bebê. Especialmente quando é contínuo.
Nessas situações, tenta-se de tudo. Mas às vezes o tudo ainda é pouco.
E quem já passou por isso sabe que o choro é tão urgente que torna-se um "provocador" de idéias. Por isso, entre os experientes, há uma série de técnicas. Algumas bastante convencionais, mas não menos eficazes e outras pouco ortodoxas.
Para quem se interessar e estiver nesse momento apostando em qualquer coisa em nome da tranqüilidade do bebê, deixo algumas sugestões encontradas na web:

1) Primeiro este vídeo que aposta no barulhinho da água como tranquilizante. Não custa tentar. E em momentos de crise vale tudo.

2) Outra dica é fazer a checagem das possibilidades. É isto. É preciso esgotar todos possíveis "mal-estares" do bebê. Nesse caso, investe-se em uma possível causa e não só no efeito.

3) Outra ainda é este livro que apresenta 365 maneiras de fazer o bebê parar de chorar. Não li o livro, mas pelo que entendi há maneiras de parar de chorar que vão desde recursos sonoros até massagens especiais.
4) Há a tentativa de "recriação" do ambiente do útero. Isso acalma o bebê e pelo que entendi dá uma "enganadinha" nele. E é o que você estão pensando sim. É a técnica que apareceu no Fantástico. Neste outro site, a técnica é mais detalhada e conta com vídeos sobre o assunto também.
5) A maneira de envolver o bebê com a coberta ou mantilha também segue essa idéa de recriação do aconchego do útero. E aqui vai uma receita com fotos passo a passo de como fazer.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

A sedução dos bebês


Nas bibliografias sobre "meu tema de estudo" no momento, soube na teoria o que já desconfiava na prática. Os bebês são irresistivelmente sedutores. A novidade é que o livro explica que, sim, a sedução do olhar, do cheirinho, do jeitinho de se mover, de portar uma orelhinha e/ou uma boquinha perfeita é uma estratégia de defesa. Funciona da mesma maneira que o choro que não é sedutor mas que, simplesmente não permite nossa indiferença por conta da sua estridência. O impacto auditivo de um bebê chorando é o mesmo de uma britadeira furando o asfalto e isso não é por acaso. Como a sedução, o choro também é uma forma de comunicação e de autoproteção.


Quanto ao poder de sedução, diz o autor que é tão eficaz que as mulheres quando querem sentirem-se atraentes buscam ter exatamente "uma pele de bebê" uma "boca rosada" e "longos cílios" como as dos bebês, para ficarmos em alguns exemplos. Tudo para usar, por assim dizer, as mesmas armas que esses serzinhos encantadores usam para nos impressionar.


De fato, parece ser verdade "a proposta teórica do autor", ainda que meu parecer seja comprometido. Sou a mãe do Pedro e ser seduzida por ele é conseqüência natural desta condição.


O que chama atenção, no entanto, nesta suposta associação, é pensar que podemos suportar horas sem dormir, o cansaço, a fome, a falta de paciência, o choro sem fim às vezes, as manhas e até a dor de não poder ter dor no lugar do bebê sem dar conta disso. Basta que possamos contemplar, depois de qualquer crise, aquele semblante em paz e qualquer desconforto nosso passa a fazer parte de um passado remoto, distante e esquecido.


Agora veja, tanto as armas de sedução quanto o choro são "funcionalidades" já trazidas "fábrica". O bebê já nasce chorando. Não precisa de aulas. Também não faz esforço algum para ser a coisinha mais fofa deste mundo. Ele simplesmente é e nem sabe disso.


No entanto, depois de completar um mês - também segundo minhas bibliografias - os bebês passam a tentar imitar as pessoas ao seu redor e APRENDEM a sorrir. É isso mesmo. Eles riem e não mais como espasmos primitivos e fora de contexto. Eles riem em situações específicas, a partir de movimentos e falas que você endereça a ele.


Ou seja, se eu me derretia pelo Pedro enquanto ele apenas chorava ou ficava quietinho observando o entorno, imagine o que foi e tem sido me deliciar com o sorriso largo de uma boca de pura gengiva e de olhinhos brilhantes olhando para mim. Nessas horas mando pro espaço todos os mandamentos. Quebro todas as regras. Simplesmente não suporto ser a mãe disciplinadora que não pode pegá-lo do berço porque é hora de dormir. Nesse momento, as crises nem nunca existiram. Tenho que me conter para não mordê-lo logo depois da vontade de rápida de chorar de felicidade.


Aconteceu outro dia. Ao amanhecer ( os sorrisos são freqüentes ao amanhecer) fui pegá-lo no berço e, qual minha surpresa quando ao me curvar encontro aquele rostinho feliz da vida a brindar comigo o dia. Totalmente demais como diria Lobão.


Agora, depois de repetidos sorrisos, já sei até como provocá-los. Uso um texto num tom e num contexto específico remetendo à sua condição de bebê mais lindo, querido, cheiroso, gostoso, enfim, e vou pedindo um "sorrizinho para sua mãe". E se só isso não funcionar, ainda mexo levemente no queixo dele. Daí é batata. Ele ri com gosto. E eu com mais gosto ainda. Estou viciada nesta imagem. Ai, ai.


P.S.: Assim que for possível novos registro desse momento vou postar aqui sem dúvida.

P.S.: (2). A quem interessar possa, minhas bibliografias mais consultadas são "Criando bebês" de Howard Chilton e "O livro do bebê", do doutor Rinaldi Delamare.
P.S.: (3). E, por falar no poder de sedução dos bebês, dê uma olhadinha nisto:

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Mesversário




O Pedro está de "mesversário" hoje. Sim, ele já completou um mês de vida. Incrível.

Comemoramos os três (eu, ele e o pai dele) hoje de manhã, embora, claro, ele mal soubesse o que se passava. Mas demos os parabéns e tudo.
Na seqüência, o dia foi especial porque teve a terceira visita ao pediatra. Fomos então verificar o desempenho do nosso pimpolho nesse primeiro mês. E qual foi nossa surpresa (ou não) ao ver o médico anunciar que Pedro tem o peso a altura de um bebê de três meses. Você não leu errado. É isso mesmo: TRÊS MESES.

De fato, já havíamos percebido que o guri cresceu bastante, da mesma maneira que percebemos que aumentou de peso. Nossos olhos e braços deixavam isso claro. O que nos surpreendeu é o quanto essas medidas estão além da idade do guri.

Agora entendo a preocupação do pediatra com a amamentação. Não é exagero nem precaução em demasia. Se eu não me alimentar muito e descansar bastante e tomar muito líquido facilmente não conseguirei atender a demanda do Pedro que é um super bebê. Ele será um menino muito alto tanto pela genética de seus pais, quanto pelo fato de estar sendo bem amamentado. Mas para isso haja fôlego.

Começo a entender seu comportamento ainda mais agora. Ele chora com uma certa freqüência e eu não conseguia sacar a razão da insatisfação, o que por vezes me fez sentir inábil no trato com ele. No entanto, compreendo agora que é fome mesmo, ainda que seja difícil acreditar especialmente quando isso acontece minutos depois de uma mamada. O fato é que ele dispende muito esforço para mamar e precisa descansar em seguida sem ter efetivamente se satisfeito. Ou seja, ele precisa descansar antes de encher a barriga. Aí quando retomar as forças já está com fome de novo. Por isso, passo o dia, literalmente, dando de mamar.
O resultado é que ele é um bebê muito saudável. E isso compensa todos os esforços.

Bem, para comemorar o mesversário, deixo mais umas fotinhos do garoto que por ora foi apelidado de "chokito" por seu pai por conta das espinhas infantis que tem no rosto. Segundo o pediatra, são espinhas produzidas pelo roçar do seio na pele dele. Mas têm data para irem embora apesar de achar muito tempo. Até o terceiro mês a pele deve voltar a ser uma beleza como antes.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Superações

Gente:
É incrível a capacidade do ser humano de se superar continuamente, desde que queira e/ou precise. Ou as duas coisas.
Desde o nascimento do Pedro, estamos - eu e ele - nessa tarefa intensa de nos conhecer e reconhecer, entendendo nossas reações, humores, horários, manhas, falas, às vezes compreendidas, outras vezes não.
Ou seja, busco entender verdadeiramente o que está rolando. Se o choro é só prá fazer um charminho, se é valendo, se é só fome, ou sono, enfim. E para tanto, o método mais acertado é o de tentativa e erro.
Vai se experimentando de tudo até acertar enquanto a gente ainda não se conhece completamente. E nesse ritmo vamos consolidando algumas novas rotinas para organizar nossas vidas. Eu em função das demandas dele, e ele em função de suas próprias necessidades advindas do duro trabalho que tem em "organizar" em sua cabecinha este mundo rigorosamente todo novo. É um trabalho hercúleo que ele tem buscado desempenhar com muito afinco. Com 25 dias de vida, além de dormir, comer e eliminar "as sujeiras", ele já observa o mundo ao seu redor. Já fixa o olhar para a luz, às vezes para mim e às vezes é só mesmo um olhar absorto buscando inspiração e uma certa força para "fazer número dois" nas fraldas recém trocadas.
(Sim, há sem dúvida um prazer imenso de sujá-las imediatamente após sua troca. O que me pergunto é se meu filho gosta mesmo é de não ficar de fralda limpa. Isso é que é estranho.)
Já eu, em termos de superação, posso dizer que descobri qualidades e/ou habilidades desconhecidas. A paciência por exemplo. É fundamental. Especialmente quando as coisas não saem conforme o planejado e isso acontece às 4 da manhã.
Ele chora. Eu já sei que quer mamar. Pego ele do berço. Providencio a "liberação" das roupas para que ele alcance o seio (e da maneira mais rápida possível para que o mundo não venha abaixo). Amamento pacientemente enquanto quase caio de sono recostada na cama e o observo como um paxá a degustar o manjar sem pressa. Depois, seguem os intermináveis 10 minutos necessários para a "digesta". Sim, são só 10 minutos, mas eu estou falando desse tempo medido na madrugada enquanto você tenta driblar a areia dos olhos. Experimente e depois falamos.
Na seqüência, ainda não acabou. O guri tá roncando, cansado do exaustivo trabalho de mamar. Mas ainda é preciso trocar as fraldas. Vamos lá. Sem acender muitas luzes para não despertá-lo totalmente, retiro as roupas da barriga para baixo. Ok. só sujou as fraldas. Beleza. Faço a troca. Limpo. Bêbada de sono. Coloco muita hipoglós como recomendou o acionista da fábrica de pomadas, o pediatra dele, e quando me preparo para fechar a fralda e cumprir esta etapa, o guri resolve fazer xixi e molha toda a roupa. Sim, meninos fazem xixi e o fazem desenhando um arco no ar de maneira a se molhar completamente.
Reinicio o processo novamente, agora com troca de toda a roupa. Da cabeça aos pés. E desta vez o trabalho vem acrescido ainda ao choro dele, claro, que acha um saco colocar várias mangas de roupas, colocar meia calça, meia, mais tip top e etc e etc.
Olho no relógio: 5h. Bom agora limpo é fazê-lo dormir. Uma balançadinha e o guri volta ao estado de embriguez de sono. Ok. Quando me preparo para colocá-lo no berço, recuperando minha esperança de dormir algumas horas até o início da manhã, ele abre os olhinhos exatamente no momento que se encontra com seu travesseiro e sente seu corpo sendo colocado na caminha. Resultado: mais um chorinho para ser acalentado pela mãezinha que sabe que precisa mesmo padecer no paraíso para conquistar esse posto dignamente. Tentando não perder a paciência, (mas tentando mesmo!) retomo ele nos braços e volto à balançada. Para tanto, é importante dizer que para operacionalizar tudo isso, durante a madrugada, na penumbra e sozinha, também é parte da superação a capacidade que desenvolvemos de fazer coisas com um braço só, com a boca, com o pé, enfim para poder dar conta do guri que ocupa o outro braço, a outra perna e nossa imaginação e afinação sonora para embalá-lo e e fazê-lo dormir.
Sinceramente, não achei que soubesse ou pudesse fazer isso. Mas tenho feito. E modéstia parte, bem feito. Sem perder a paciência. Pelo menos por enquanto...
P.S.: Algumas atividades são feitas sozinha, preciso ser honesta, porque tenho procurado poupar um pouco o pai dele que precisa trabalhar no outro dia. Mas das duas trocas da noite, uma pelo menos é sempre feita pelo Dê que compartilha comigo "as superações".

sábado, 2 de agosto de 2008

Amamentando

Pedro deu o ar da graça neste mundo deixando bem claro que gosta de comer e dormir (em seqüência) e desde então sou pra ele exatamente isso: um seio ambulante. Uma idéia reforçada pela herança instintiva dos bebês que entendem a mãe como uma extensão de seus próprios corpos e que só será desfeita na medida da intervenção e presença do pai. Mas até que aconteça "esse corte" simbólico, o Pedro me enxerga, além de um vulto bem mal definido, como sua fonte de alimento, calor e aconchego na forma de um seio que ele ainda pensa que faz parte dele.

A minha fala não tem tom de reclamação antes que possa parecer. Muito antes pelo contrário. Amamentar é muito gratificante. E ser vigiada por aqueles olhinhos que te miram enquanto sugam e sugam, então, é de derrubar qualquer mãe.

O que acontece com o Pedro no entanto é que, como já expliquei aqui, o fato de ele ser GIG faz com que toda a amamentação seja quase insuficiente. Ele precisa mamar muitas vezes. Prá objetivar: ele mama sempre que não está dormindo.

Fico impressionada com a digestao rápida desse guri. Mama e dali a alguns minutos está chorando para mamar de novo. Não pode ser fome, penso eu, em minha inexperiência. E faço o teste que o pediatra recomendou: coloco o dedo na boca dele. Se chupar meu dedo é indicativo que está com fome. E assim descubro que ele está sempre afim.

Tenho muitas razões para render graças ao céus por amamentá-lo. Primeiro por ter leite e bastante e de qualidade haja visto o crescimento e aumento de peso do guri em pouco tempo. Depois, minha recuperação tem sido muito rápida. O útero se contrai e volta ao seu lugar depois de toda a expansão muito mais rápido por causa da amamentação que serve de estímulo. Além disso, estou bem elegante e ainda posso e devo comer muito bem para produzir bastante leite. E de quebra Pedro está protegido de uma série de doenças e males por conta das defesas garantidas pelo leite materno.

O que me pergunto é como se dá o reconhecimento dessa separação para ele. O seio que não faz parte de seu corpo. Pertence a outro corpo e portante a outra vontade. Dizem os psicanalistas que esta é a primeira e uma das desilusões mais difíceis de superar. E que marca nossa vida. Bem, a verdade é que viver depende da nossa habilidade em gerenciar as desilusões. Por isso, assim como nessa e em muitas inevitáveis desilusões que virão espero, mais que tudo, ajudar o Pedro a desenvolver a competência para gerenciá-las tomando esse como um compromisso que faz parte do perfil de boa mãe.

terça-feira, 29 de julho de 2008

10 dias

Pedro tem dez dias de vida. E hoje foi à primeira consulta no pediatra. As notícias foram bem boas. Ele já aumentou de peso mais que o dobro do esperado para o período, bem como cresceu em dez dias o que geralmente os bebês levam um mês.
O pediatra também disse que o umbigo está uma beleza.
E nos tranquilizou: os choros do guri por mais freqüentes que sejam, não são de mal algum a não ser de fome. É isso mesmo. Posso dar de mamar o tempo inteiro ao Pedro e sempre será insuficiente dado o fato de ele ser um bebê GIG - gigante para idade gestacional. Ou seja, preciso me alimentar bastante (difícil, hein!), descansar mais ainda ( mais um desafio), tomar muito líquido para poder manter a produção de leite que já considerável e cumprir com a demanda necessária aquele corpinho para que se desenvolva saudável e não passe fome.
Nesse tempo da chegada dele aliás, o que mais faço é amamentar. Por sorte tenho bastante leite. Mas os bebês precisam de tempo para mamar. Mamam e como isso lhes exige grande esforço, dormem na seqüência, em seguida acordam e continuam mamando.
O corpinho é 90% água e por isso sentem muito frio. Assim, mamam, mamam e também mamam.
Olho para ele agora e já vejo as mudanças de peso e altura em relação ao nascimento. E fico maravilhada. Boba mesmo. Depois da visita ao pediatra então tenho a sensação de estar fazendo bem feito diante dos resultados dos esforços.
E fico a contemplar o serzinho. Lindo, cheiroso, gostoso de tocar.
E não sou nada mais nada menos que a mãe dele. Por todo meu orgulho de ele ser meu filho e ser tão tudo isso preciso fazer alguns agradecimentos a quem me ajuda na tarefa.
Primeiro aos médicos. O doutor Carlos com sua seriedade e comprometimento contribui decisivamente para que eu tivesse uma gravidez tranqüila e saudável. E no momento do parto não foi diferente.
Ao anestesista, doutor Marcelo que me fez companhia durante o processo também garantindo a calma necessária.
E a partir de agora, ao pediatra Jorge Bertão que tem nos ajudado nessa tarefa de tornar este garoto um "homem".
Além deles, e mais que importante que todos, o meu agradecimento vai ao super mega pai. Companheiro de tempo integral - "full time" - o Dê divide rigorosamente tudo comigo e só não amamenta por questões anatômicas e fisiológicas. E o mais legal de tudo é que faz por puro prazer. É isso mesmo. Ele gosta e muito e de trocar fraldas, de dar banho, de colocar para dormir.
Vejo ele fazendo essas coisas todas e penso que assim a maternidade tem outro gosto. Transforma-se numa experiência doce e prazerosa porque rimos juntos quando o Pedro faz xixi durante a troca de fraldas, quando esquecemos a toalha ao dar banho no piá, quando flagramos ele sorrindo enquanto dorme, enfim. O que o Dê sabe e que talvez muitos pais não saibam é que são eles próprios que mais perdem ao não participar efetivamente dessas tarefas. Perdem momentos ricos e inesquecíveis e que sobretudo passam muito rápido para que sejam desperdiçados.

sábado, 26 de julho de 2008

Pedro chegou

Enfim, depois de uma semana da chegada do Pedro ao mundo consegui um tempinho para atualizar o blog.

Não preciso me gastar em explicações sobre o que foi o parto. A culminância de um processo iniciado há 9 meses com muito sucesso. Pedro é lindo, saudável e muito querido. Me faz, do alto de meu ceticismo, me acreditar tocada por Deus ou qualquer forma de transcendência.

Tudo o que se pode dizer sobre ser mãe pode ser incrivelmente piegas, ainda que verdadeiro e especial.

Fiz uma cesareana graças ao fato de que alcancei a 40ª semana de gestação sem nenhum sinal de trabalho de parto. Segundo meu obstreta, nem induzir o trabalho de parto seria possível.

Diante de tal situação e do fato dele (0 médico) acreditar que sempre é melhor que o bebê nasça até a 4oª semana e que não se espere pela 42ª, acertamos a vinda de Pedro em data e local definido: às 7h30m de sábado 19 de julho (o dead line) no Hospital Ana Nery.



Para mim, em 37 anos de vida, hospital sempre significou um espaço - seja de trabalho ou de tratamento - para "os outros", ou seja, algo muito distante da minha experiência diária. Assim, imaginem o que significou passar a noite de sexta para sábado elaborando minha ida ao hospital bem como os procedimentos todos, o parto e todos os "serás" todos que iam acompanhando esse desenho que fui fazendo da aventura que estava por vir.

O fato é que o parto transcorreu de forma bem menos complicada do que eu imaginava. E foi muito emocionante, porque a anestesia da cintura para baixo permite que a mãe "acompanhe" pelo menos em parte o transcorrer do nascimento. No meu caso, fui brindada por uma feliz supresa quando o anestesista, que ficou ao meu lado o tempo todo, me disse: "quer ver nascer"? e sem que eu pudesse responder qualquer coisa, levantou a cortina que me separava do trabalho dos médicos. Foi então que, num misto de várias e intensas emoções, vi o exato momento da chegada de Pedro. Vi o guri saindo da minha barriga. Uma cena que certamente ficará na minha retina para sempre.

Eu e o Dê, que acompanhou tudo, emudecemos e só conseguimos chorar.

Pedro nasceu com 3.770kg e 53 cm. Um bebê muito comprido. De fato, se tivesse possível optar por um parto normal certamente sofreria um bocado por conta de seu tamanho.

Algumas horas depois da cesareana, na sala de recuperação, Pedro me foi colocado para mamar e demorou algo como uns três segundos para "descobrir" o caminho da felicidade. Foi lindo ver e de alguma maneira "me ver" naquela ânsia dele por comida e na sua fome de vida de recém chegado.

Na segunda de manhã, dois depois do nascimento, tivemos alta. E em casa um novo capítulo dessa história linda começou a se construir.

Deixo como de costume algumas fotinhos desse momento mágico. E vejam com seus próprios olhos o que poderia ser entendido apenas como corujice.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

O parto



Gente:

Então é isso. O dead-line do Pedro tá aí. É amanhã, sábado, dia 19 de julho. Não tenho contrações, nem dilatação e apesar de ele estar de cabeça para baixo, o rostinho está para cima. Significa que ele não está totalmente encaixado na posição certa para o nascimento. Sendo assim, decidimos (papai, mamãe e o médico) pela marcação de uma cesárea para amanhã.


É impossível não ficar minimamente ansiosa, afinal não é todos os dias que dou a luz. Soma-se o fato de que nunca, mas nunquinha mesmo me internei num hospital. Todas as rotinas e procedimentos serão absolutamente novos para mim. Na verdade, nunca gostei muito desses lugares que lidam muito mais com situações delicadas do que com felicidades. As felicidades são provenientes justamente dos partos.

Além disso, não é pouca mudança na minha vida. Um filho. Enfim vou poder vê-lo, tocá-lo, senti-lo, ouvi-lo chorar certamente, e se tudo der certo amamentá-lo, ainda que talvez demore um pouquinho.

Deixo para vocês algumas fotos feitas na semana passada com meu barrigão de nove meses.



E me desejem boa sorte.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

"Pede para sair"

Estávamos acertando, eu e o pai do Pedro, que íamos dar uma dura nele esta semana. Chamá-lo prá realidade e dizer que já tava na hora de aparecer. Nossa conversar ia ser na base do "pede para sair, guri".
Tudo por conta da ansiedade de vê-lo, cheirá-lo, tocá-lo, contemplá-lo, enfim, aprimorar essa relação entre nós. Nos conhecemos já um pouco, mas queremos naturalmente muito mais. E logo.
Disse que ia ser assim, mas acabou não sendo porque, talvez por mais sorte que juízo, fiquei muitooooooooooooooooo gripada, de cama mesmo, e aí foi bom que ele ainda não tivesse chegado.

Na verdade, ainda estou gripada, só que agora com esperanças de sobrevida. Tem sido uma gripe tão forte que, nos primeiros dias, não sabia bem ao que atender, se à tosse que me custa muitíssimo, afinal mexe também com a super barriga, ao nariz entupido que provoca falta de ar especialmente à noite, às dores no corpo, à falta de ânimo, enfim. Uma experiência bastante adversa num momento em que não posso tomar praticamente nenhum medicamento por causa da gravidez.
Bem, mas hoje já estou tossindo bem menos, estou mais disposta, sem dores no corpo e o nariz já não atrapalha tanto. Por isso, vamos voltar à carga com o Pedro. Esperamos por ele até a semana que vem, quando de fato se completam as 40 semanas. Na verdade o guri está de olho no calendário. Nós é que estamos ansiosos.

Fiz fotos em estúdio do barrigão e assim que tiverem prontas coloco no site.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Contagem regressiva

Prá mim, o tempo é uma das melhores traduções do que Einstein quiz propor a respeito da teoria da relatividade. Somos obrigados a admitir que o significado de um minuto pode ser de um átimo de instante ou longo como uma vida.



No caso da gravidez, o tempo de desenvolvimento de uma vida literalmente - 9 meses - parece ter passado mesmo como alguns instantes. É um fenômeno muito interessante e, diria até, mágico. É preciso um olhar não linear para compreender isso. Se desvencilhar dos condicionantes cartesianos para alcançar o entedimento mínimo de como isso pode ser possível. Afinal as 40 semanas estão se passando muito rápido e, como já sei que não vou ter um bebê prematuro, agora é o caso de apenas aguardar os últimos 20 dias, no máximo. Talvez um pouco menos já que a tendência é que os bebês nasçam antes das datas estipuladas.


Pedro vai ser canceriano. Sentimental e muito família, conforme dizem. E também conforme a crença popular, "apaixonado" por sua mamãe, o que é "fácil" e um tanto quanto "óbvio" de compreender. Claro que estamos tratando aqui de uma paixão do bem e sem exageros. Paixão de admiração a qual eu já nutro por ele. Admiro seu bom comportamento (minha gravidez tem sido muito traqüila), já admiro sua capacidade de aglutinação pelas pessoas que se aproximam de mim e que querem saber dele, admiro sua coragem e bravura pois vai nascer no mês mais frio do ano e no estado também mais gelado desse país. Um forte sem dúvida.

A tarefa desta semana é preparar, portanto, as malas. A minha e a dele. E até para isto já existe manual que prevê quais as roupas e quantas de cada se coloca para a ida ao hospital, além de uma série de itens necessários como fraldas, hipoglós, etc.

Enquanto isso, fico aqui no exercício de imaginar como tudo isso vai acontecer. O parto. A nova rotina longe do trabalho na Unisc, com noites movimentadas, amamentação, fraldas, cocô mole cocô duro, enfim. A nova vida que, certamente, passa a ser dividida em A.P. e D.P.

Me desejem uma boa hora como dizem os mais tradicionais se referindo ao parto. Sempre será necessário ouvir isso.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

O chá de fralda

Apesar do mundo ter despencado na forma de água no sábado à tarde, o quórum foi bem bom para o chá de fralda.



Amigas, família e algumas aluninhas estiveram prestigiando o evento e trazendo lembranças fofas para o Pedro que, agora sim, tem um guarda roupa de impor respeito. Sapatos então, tá podendo concorrer com a Imelda Marcos ou, conforme reza a lenda, com a Cláudia Raia. Tem um prá cada dia.


Estas duas aí da foto acima são respectivamente minha irmã (E) e minha mãe (D) que vieram de "Faquicinal of Soturny" especialmente. E trouxeram essas roupas de pequeno homenzinho. Muito fofas.

Já essa aqui ao meu lado é a Denize, grande amiga e autora de uma promessa confortadora. Me disse que faz questão de ajudar a cuidar do Pedro, especialmente nos momentos em que precisar deixá-lo para algum compromisso. Foi enfática: "Não digo isso prá constar. Digo de fato. Pode contar comigo". Ô Dê, brigadinha pela força hein!!!



Gente, reparem "no meu pariga". Tá de respeito aos quase 8 meses completos.



Esse pessoal aí abaixo são amigas de fé. Da esquerda para a direita: Alice que também já se disponibilizou para cuidar do Pedro nos momentos de crise.


A Veri que já está quase convencida por mim e pela Angela sobre a necessidade de colocar telinha na sacada do apê para oferecer a infra-estrutura necessária aos nossos pequenos homens. Vanessa, super mega fashion no vestido novo inagurado especialmente para o meu chá de fralda.


Raquel, english teacher que promete não me deixar cometer desvarios e nem exageros nas eventuais medidas de superproteção com o Pedro. Euzinha em pé. Marcia (sentada) que apesar de já ter passado por essa fase há alguns anos ainda guarda dicas valiosas sobre a criação dos


babies.


Lia e Matheus em pé. A Lia (quem diria!!) que agora vai se tornar consultora para assuntos de bebê por conta de estar quase um ano à frente na experiência de tê-los e criá-los.



Infelizmente aqui minha barriga não tá muito visível, mas a foto merece ser mostrada pelo povo.

E abaixo vão algumas fotos "sortidas".


A Vezinha, irmã do Pedro que foi fundamental na "decoration". Ela e o papai Demétrio encheram os balões e os penduraram segundo um rigoroso critério estético no salão de festas do São Lucas.





Aqui as alunas que vão ter orientação de monografia na minha casa durante a licença maternidade. Com a Marisa, à direita, eu vou trocar orientações de monografia por orientações sobre o mundo dos bebês já que ela é mãe de duas moças.


E nesta outra foto estão a Mariane, atual orientanda, a Maiara, aluna "dupla", e a Aline que além de aluna também já está convocada para ser baby sitter graças à sua larga experiência com bebês em creches e afins onde trabalhou.

Ângela e Mônica e suas respectivas mamães, não pude colocar a foto que tiramos porque ela não passa no controle de censura que tem neste blog, se é que vocês me entendem. Tô "meio sem roupa" para postar a foto para consulta mundial. Sorry.

sábado, 31 de maio de 2008

Vem aí o super bebê

Dois "paizinhos minhões" geraram Pedro. "Descobrimos" na semana passada em mais uma ecografia. Na 31ª semana de gestação (ainda faltam 13 semanas para o nascimento), ele pesa 2.380 kg. E em termos de crescimento, tem o tamanho de uma bebê 10 dias maior que sua idade. Dados que nos levam a acreditar que ele será um pequeno grande bebê.

Claro que não podíamos esperar o contrário. Eu tenho 1,78 de altura e o Dê 1,88. Dizem que para sabermos a altura de um bebê quando adulto, temos que somar a altura de pai e mãe, dividir por dois e adicionar mais 10 cm. Se fosse menina, a gente somaria a altura dos pais, dividiria por dois e disso, diminuiria 10 cm. Por essa fórmula, Pedro teria 1,93.

Ok, posso pensar em investir em esportes, tipo vôlei ou basquete para o guri. Mas, neste caso seria uma questão, além de física, també de propensão e gosto específicos dele porque os pais...ah, os pais, não são exatamente atletas. Tampouco chegados a estas artes.

De qualquer forma, saber que será um bebê grande tem me feito acreditar que o tamanho da minha barriga seja bem razoável e proporcional. E que boa parte do que acumulei nesses quase 8 meses seja mesmo bebê.

Agora, nesse estágio, confesso que a barriga já complica a execução de uma série de tarefas. Desde colocar o sapato, até ter uma boa digestão. Sim, o aumento da barriga e o conseqüente aumento do bebê mudam os órgãos de lugar. O útero se expande, comprime a bexiga e me leva ao banheiro centenas de vezes num dia, e o que é pior, numa noite também. Além disso, a boca do estômago também torna freqüente a sensação de que a comida "não desce".

Além do tamanho do bebê, também é pauta de nossas especulações freqüentes - papai e eu - as dúvidas mais óbvias. "Que carinha terá?" "Vai ser parecido com quem?" "Será que vai ter o meu ou teu nariz?" "Vai ser pernudo certamente". E tem também as discussões sobre o perfil psicológico. "Genioso ou tranqüilo?", "Chorão"? "Dorminhoco"? Enfim.

Ok, de certeza, só mesmo seu pai tem uma, ainda que eu discorde radicalmente. Pensa ele que o guri será gremista. Eu, de minha parte, deixo ele se iludir porque suspeito que Pedro terá sim muita personalidade.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Cesária ou parto normal?

E eis que me vejo assim, não mais que de repente, no 7° mês de gravidez!!! Meu Deus, o tempo passa mesmo. E eu , que continuo me sentindo tão bem nesse novo "shape", freqüentemente me "esqueço" que estou grávida, de maneira que o tempo parece mesmo passar mais depressa.

"Até aqui, tudo bem", como diz repetidamente meu amigo Silvio, em intervalos muito curtos, quando se refere a qualquer empreitada desafiante.

Já tomamos uma série de providências bastante definitivas para a chegada do Pedro e que vão compondo o cenário que permite tornar cada vez mais real a presença desse novo integrante da família, tão especial para nós.

Começamos por pintar o quarto. E seguindo instruções da arquiteta, (muito acertadas, aliás), optamos pelo azul hortência. Ficou muito bom!!!. Encomendamos também os móveis em branco e a vovó Ilda está providenciando uns enfeites em mdf: porta fralda, abajur e mais uns outros porta-trecos que me esqueço agora. Para estes enfeites, bem como cortina, puxadores do guarda roupa, e porta retratos vamos usar branco, azul hortência e verde.

Nosso estoque de fraldas já está considerável, e já temos algumas mudas de roupas, bem como sapatinhos, meias, e "mijõezinhos", também conhecidos por bodys ou pagãos. É isso mesmo.

Além disso, o Pedro também já está motorizado! O carrinho, presente da vó Helena e da Tia Flávia acaba de chegar e é lindo. Tem janela de ventilação, pode ter o lado de empurrar trocado conforme se queira, tem travas, porta mamadeira, lugar para colocar a bolsa da mamãe, e é impermeável. Alta tecnologia para trilhar com segurança os caminhos deste mundo.

Agora, estou planejando nosso chá de fraldas. Guloseimas para reunir amigos e tirar umas fotinhos bem legais para recordação. E enquanto me detenho nas questões operacionais que, são sobretudo muito prazeirosas, deixo de cantinho, maturando, a elaboração de uma idéia muito importante. Como será meu parto? Sim, já comecei a pensar nele, a dois meses da chegada de Pedro. Na verdade até já sonhei com o momento. Por duas vezes. E o meu sonho era mesmo idílico porque a chegada de Pedro se dava de maneira muuuuuuuuito tranqüila, do tipo "vai ser?", "ah, já foi"? Parto tipo desejo de qualquer grávida.

Na verdade, este assunto "entrou" na minha pauta pessoal devido à impressionante quantidade de pessoas que me perguntam, sucessivamente, o que pretendo fazer: se cesária ou parto normal. Ao que respondo que não sei. Nenhuma das duas "modalidades" me parece exatamente um "passeio no parque". Fico fazendo levantamento de prós e contras de cada uma e, digo-vos, ambas estão empatadas. O parto normal, que de "normal", vamos combinar, pode não haver nada, dependendo das circunstâncias, na verdade pode ser uma oferenda de auto-imolação à mãe natureza, com rituais de dor e instinto. A cesária, por sua vez, não fica devendo nada. Anestesia, seguida de um talho considerável, agregada a tudo que uma cirurgia pode requerer na seqüência em termos de recuperação, impedem de torná-la exatamente a experiência mais desejada do mundo para as mulheres.


Tenho lido muito sobre o assunto, conversado com o obstreta e com o pediatra, ouvido pessoas (que já foram mães), mas definitivamente não tenho opinião formada.

Ainda há muito de nebuloso a respeito do nascer. Que como o viver, não é nada fácil.

Vou usar o tempo que tenho ainda para continuar "digerindo" melhor a idéia. E talvez deixe as coisas operarem mais por si, enquanto não me sentir à vontade para defini-las.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Nas cavernas

Este post ficou incubado por muito tempo. As notícias são tão brutais e impactantes que, ao mesmo tempo que gritam para que algo se diga, também dispensam comentários, dado o sentido totalizador. É um horror e isto está posto.
Estou falando dos temas mais "agendados" na semana. O casal Nardoni, o monstro da Áustria e junto com eles, já evoquei até mesmo a louca lá de Goiânia que tirava a menina-empregada prá modelito de suas experiências de tortura particular.
Os requintes de crueldade desses casos me fazem pensar sobre os nossos monstros. Eles nunca nos abandonaram. Em milhares de anos de civilização, temos feito apenas controlá-los e com certo custo. Isto no caso do que se "comportam" como civilizados. Mas para alguns, não há hipótese de controle. Para esses, os monstros que habitam a escuridão de seus porões pessoais escapam. E trazem à luz seus horripilantes desejos e fantasias que são convertidos em realidade.
Essas pessoas não lutam para que a caixa de pandora permaneça fechada. São abjetos. Desprezíveis. E, possivelmente, até nas cavernas, maculariam as regras mais básicas de sobrevivência justamente por não fazer idéia do que significa "con-viver".
Se Deus ou qualquer ente responsável pela obra da criação existir, fatalmente vive em grande frustração, já que nem mesmo o tempo e seus avanços, supostamente investidos na melhoria da qualidade de vida dos humanos, tem produzido algum efeito. Ok, não grunhimos mais, é verdade. Mas ainda permitimos que certos eventos, não concebíveis em sua natureza hedionda nem mesmo no terreno da ilimitada imaginação artística, aconteçam e se perpetuem.
Preciso pedir desculpas ao Pedro. Honestamente, não era esse o lugar para onde gostaria que ele viesse para ser amado, para crescer como um indivíduo saudável e feliz e para, sobretudo, experienciar a vida humana.

terça-feira, 29 de abril de 2008

Dos poderes do Photoshop e de uma boa maquiagem


Com o perdão da falta de modéstia, estou me sentindo como uma dessas atrizes globais depois de terem passado pelo camarim e seus talentosos cabelereiros e maquiadores, pela direção de fotografia e finalmente pelo poderoso photoshop que, na Tv, equivale a um software chamado Skin Detail (na Globo pelo menos).


No que se refere à maquiagem, para mim o grande lance é ser maquiada e não parecer que se está maquiada. Ou seja, dar a impressão de que se nasceu assim mesmo. A iluminação e o corretor de imperfeições, seja para foto ou para imagem em movimento, claro, vêm para completar o trabalho.


Tudo isso resulta num efeito tão bom que a gente se olha e quase não se reconhece. Fica com uma vontadinha de "ser a própria imagem". Veja você que é assim que estou me sentindo depois de uma sessão de fotos em estúdio com minha barriga de fora. É incrível como acabei projeção de mim mesma e como isto ao mesmo tempo me fez bem, já que nesta fase, a gente vai a cada dia se acomodando dentro de formas cada vez mais redondas e distantes do que se tem por conceito como um padrão de beleza "convencional".


Então experenciei o que na verdade já imaginava com relação ao mundo das celebridades (guardadas as proporções). Uma boa produção faz maravilhas com leite de moça. E agora mais do que nunca vou lembrar disso cada vez que vir uma mulher de parar o trânsito na revista ou na televisão. De fato, a da foto ou da tv não existe.


É como a história da menina que fez uma sessão de fotos para a playboy e, depois de tanto photoshop, esqueceram de colocar o umbigo dela de volta nas fotos publicadas na revista.


No entanto, apesar da elaboração racional, ainda me faz confusão pensar como o belo, apesar de tão fugaz, tem tanta força de sedução a ponto de continuamente nos iludir. Era isso que Platão, Freud, e talvez tantos outros mais já tinham entendido a respeito da ação do belo (sentido lato) sobre nós e de quanto, ainda que fugaz, é absolutamente necessário. Ou como diz Caetano, "... a beleza e seu dom de iludir".

















Sobre as fotos, deixo algumas no blog, fazendo a ressalva que foram salvas, por questões mercadológicas, em baixíssima resolução pelo estúdio que as fez e por isso não chegam perto das que tenho impressas. São apenas o reflexo distante das "reais".

Em tempo, a maquiagem é do Júlio que trabalhou alguns anos maquiando estrelas para cinema e tv em São Paulo. E as fotos da Nildete do System Lab.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

O tempo

Você pode fazer todo tipo de exercício para tentar se libertar do calendário. Ignorá-lo, reinterpretá-lo, adulterá-lo, ressignificá-lo, enfim... Pode exercitar possibilidades em busca da crença ilusória de que o tempo que corre inevitavelmente e a idade são convenções dos números e dias da semana organizados nas folhinhas de janeiro a dezembro. No entanto, como abstrair a data mais importante dos 365 dias? Como torná-la uma simples convenção?

Sou ariana, com ascendente em escorpião. Sou de 71 (mas não uma vagabunda confessa). Mais precisamente das 19h de um 14 abril dando os primeiros ares de frio segundo o que contam. Exatamente como hoje, 37 anos depois. Uma segunda de friozinho bem gostoso depois da temporada de calor.

É incrível como para mim este clima ameno produz um sentido de "inaguração oficial" do ano e do ritmo intenso de trabalho que vem com ele. É como se até agora, de alguma maneira, estivesse ainda misturando ainda o sabor de um dolce far niente nos ventos quentes que o outono (no calendário) insistia em trazer com os dias que correm e nos situam no quarto mês do ano.

Hoje, no entanto, foi diferente. Manga comprida e sapato fechado. E em uma segunda feira.
Nada mais paradgimático para uma inaguração, um começo de qualquer sonho, projeto ou trabalho. Dizem que segunda feira é, por exemplo, o dia oficial de começo das dietas.

Nesta segunda feira, dia do meu aninversário, mais que idade, inaugurei o outono para mim mesma. E tudo o que essas folhas do calendário já caídas possam significar para aquelas que ainda vão cair.

O dia começou bem e terminou ainda melhor. Lembranças, telefonemas, beijos e abraços afetuosos. E o mais importante, nenhum deles me pareceu apenas convenção.

De brinde ainda fui fazer um novo exame. Eu e o Pedro fomos ver o coração dele. Ventrícolos, artérias, veia aorta. Tudo bem. Tudo dentro das medidas e intensidades de fluxo. Esse guri tem um "bom" coração. Nem nasceu ainda e já me deu presente.

Espero ansiosamente por conhecê-lo. Especialmente porque uma série de cirscunstâncias me indicam mais do mesmo: é um menino muito especial.

Corujices sem pedir licença são das leis do planeta mãe.

domingo, 6 de abril de 2008

O Casório



Tudo começou com suposições. E foi evoluindo para uma possibilidade concreta, ainda que a idéia sofresse, de início, a nossa resistência (minha e do Dê). A partir de então, assimilada a idéia de casamento com direito à celebração e festa, foram algums meses marcados por preparativos, organização e empenho de uma série de pessoas. (Questa parte dedico especialmente a la famiglia. Chi tanto lavoro. Grazie!!!!) E assim, no dia e local marcados - 29/03/2008 - lá estávamos nós casando em Faxinal do Soturno numa festa para mais de 200 convidados, com direito à benção religiosa, casamento civil seguidos de comemoração e bebemoração. Nem eu achei que nosso casamento produziria sensações tão boas. São freqüentes os convidados que até hoje me falam do quando se emocionaram e do quanto gostaram da festa. Eu particularmente adorei. Foi muito emocionante ver todos os amigos e parentes lá vibrando conosco. Eu e o Dê nos divertimos muito. E o Pedro deu todas as cambalhotas possíveis em resposta à minha insaciável vontade e disposição para dançar naquela noite. Não fui a última a deixar o salão por insistência do noivo. Este sim estava cansado. Eu, gestante de 5 meses podia dançar por toda a madrugada. Para ilustrar os festejos deixo umas fotinhos.