sábado, 31 de maio de 2008

Vem aí o super bebê

Dois "paizinhos minhões" geraram Pedro. "Descobrimos" na semana passada em mais uma ecografia. Na 31ª semana de gestação (ainda faltam 13 semanas para o nascimento), ele pesa 2.380 kg. E em termos de crescimento, tem o tamanho de uma bebê 10 dias maior que sua idade. Dados que nos levam a acreditar que ele será um pequeno grande bebê.

Claro que não podíamos esperar o contrário. Eu tenho 1,78 de altura e o Dê 1,88. Dizem que para sabermos a altura de um bebê quando adulto, temos que somar a altura de pai e mãe, dividir por dois e adicionar mais 10 cm. Se fosse menina, a gente somaria a altura dos pais, dividiria por dois e disso, diminuiria 10 cm. Por essa fórmula, Pedro teria 1,93.

Ok, posso pensar em investir em esportes, tipo vôlei ou basquete para o guri. Mas, neste caso seria uma questão, além de física, també de propensão e gosto específicos dele porque os pais...ah, os pais, não são exatamente atletas. Tampouco chegados a estas artes.

De qualquer forma, saber que será um bebê grande tem me feito acreditar que o tamanho da minha barriga seja bem razoável e proporcional. E que boa parte do que acumulei nesses quase 8 meses seja mesmo bebê.

Agora, nesse estágio, confesso que a barriga já complica a execução de uma série de tarefas. Desde colocar o sapato, até ter uma boa digestão. Sim, o aumento da barriga e o conseqüente aumento do bebê mudam os órgãos de lugar. O útero se expande, comprime a bexiga e me leva ao banheiro centenas de vezes num dia, e o que é pior, numa noite também. Além disso, a boca do estômago também torna freqüente a sensação de que a comida "não desce".

Além do tamanho do bebê, também é pauta de nossas especulações freqüentes - papai e eu - as dúvidas mais óbvias. "Que carinha terá?" "Vai ser parecido com quem?" "Será que vai ter o meu ou teu nariz?" "Vai ser pernudo certamente". E tem também as discussões sobre o perfil psicológico. "Genioso ou tranqüilo?", "Chorão"? "Dorminhoco"? Enfim.

Ok, de certeza, só mesmo seu pai tem uma, ainda que eu discorde radicalmente. Pensa ele que o guri será gremista. Eu, de minha parte, deixo ele se iludir porque suspeito que Pedro terá sim muita personalidade.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Cesária ou parto normal?

E eis que me vejo assim, não mais que de repente, no 7° mês de gravidez!!! Meu Deus, o tempo passa mesmo. E eu , que continuo me sentindo tão bem nesse novo "shape", freqüentemente me "esqueço" que estou grávida, de maneira que o tempo parece mesmo passar mais depressa.

"Até aqui, tudo bem", como diz repetidamente meu amigo Silvio, em intervalos muito curtos, quando se refere a qualquer empreitada desafiante.

Já tomamos uma série de providências bastante definitivas para a chegada do Pedro e que vão compondo o cenário que permite tornar cada vez mais real a presença desse novo integrante da família, tão especial para nós.

Começamos por pintar o quarto. E seguindo instruções da arquiteta, (muito acertadas, aliás), optamos pelo azul hortência. Ficou muito bom!!!. Encomendamos também os móveis em branco e a vovó Ilda está providenciando uns enfeites em mdf: porta fralda, abajur e mais uns outros porta-trecos que me esqueço agora. Para estes enfeites, bem como cortina, puxadores do guarda roupa, e porta retratos vamos usar branco, azul hortência e verde.

Nosso estoque de fraldas já está considerável, e já temos algumas mudas de roupas, bem como sapatinhos, meias, e "mijõezinhos", também conhecidos por bodys ou pagãos. É isso mesmo.

Além disso, o Pedro também já está motorizado! O carrinho, presente da vó Helena e da Tia Flávia acaba de chegar e é lindo. Tem janela de ventilação, pode ter o lado de empurrar trocado conforme se queira, tem travas, porta mamadeira, lugar para colocar a bolsa da mamãe, e é impermeável. Alta tecnologia para trilhar com segurança os caminhos deste mundo.

Agora, estou planejando nosso chá de fraldas. Guloseimas para reunir amigos e tirar umas fotinhos bem legais para recordação. E enquanto me detenho nas questões operacionais que, são sobretudo muito prazeirosas, deixo de cantinho, maturando, a elaboração de uma idéia muito importante. Como será meu parto? Sim, já comecei a pensar nele, a dois meses da chegada de Pedro. Na verdade até já sonhei com o momento. Por duas vezes. E o meu sonho era mesmo idílico porque a chegada de Pedro se dava de maneira muuuuuuuuito tranqüila, do tipo "vai ser?", "ah, já foi"? Parto tipo desejo de qualquer grávida.

Na verdade, este assunto "entrou" na minha pauta pessoal devido à impressionante quantidade de pessoas que me perguntam, sucessivamente, o que pretendo fazer: se cesária ou parto normal. Ao que respondo que não sei. Nenhuma das duas "modalidades" me parece exatamente um "passeio no parque". Fico fazendo levantamento de prós e contras de cada uma e, digo-vos, ambas estão empatadas. O parto normal, que de "normal", vamos combinar, pode não haver nada, dependendo das circunstâncias, na verdade pode ser uma oferenda de auto-imolação à mãe natureza, com rituais de dor e instinto. A cesária, por sua vez, não fica devendo nada. Anestesia, seguida de um talho considerável, agregada a tudo que uma cirurgia pode requerer na seqüência em termos de recuperação, impedem de torná-la exatamente a experiência mais desejada do mundo para as mulheres.


Tenho lido muito sobre o assunto, conversado com o obstreta e com o pediatra, ouvido pessoas (que já foram mães), mas definitivamente não tenho opinião formada.

Ainda há muito de nebuloso a respeito do nascer. Que como o viver, não é nada fácil.

Vou usar o tempo que tenho ainda para continuar "digerindo" melhor a idéia. E talvez deixe as coisas operarem mais por si, enquanto não me sentir à vontade para defini-las.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Nas cavernas

Este post ficou incubado por muito tempo. As notícias são tão brutais e impactantes que, ao mesmo tempo que gritam para que algo se diga, também dispensam comentários, dado o sentido totalizador. É um horror e isto está posto.
Estou falando dos temas mais "agendados" na semana. O casal Nardoni, o monstro da Áustria e junto com eles, já evoquei até mesmo a louca lá de Goiânia que tirava a menina-empregada prá modelito de suas experiências de tortura particular.
Os requintes de crueldade desses casos me fazem pensar sobre os nossos monstros. Eles nunca nos abandonaram. Em milhares de anos de civilização, temos feito apenas controlá-los e com certo custo. Isto no caso do que se "comportam" como civilizados. Mas para alguns, não há hipótese de controle. Para esses, os monstros que habitam a escuridão de seus porões pessoais escapam. E trazem à luz seus horripilantes desejos e fantasias que são convertidos em realidade.
Essas pessoas não lutam para que a caixa de pandora permaneça fechada. São abjetos. Desprezíveis. E, possivelmente, até nas cavernas, maculariam as regras mais básicas de sobrevivência justamente por não fazer idéia do que significa "con-viver".
Se Deus ou qualquer ente responsável pela obra da criação existir, fatalmente vive em grande frustração, já que nem mesmo o tempo e seus avanços, supostamente investidos na melhoria da qualidade de vida dos humanos, tem produzido algum efeito. Ok, não grunhimos mais, é verdade. Mas ainda permitimos que certos eventos, não concebíveis em sua natureza hedionda nem mesmo no terreno da ilimitada imaginação artística, aconteçam e se perpetuem.
Preciso pedir desculpas ao Pedro. Honestamente, não era esse o lugar para onde gostaria que ele viesse para ser amado, para crescer como um indivíduo saudável e feliz e para, sobretudo, experienciar a vida humana.