terça-feira, 29 de abril de 2008

Dos poderes do Photoshop e de uma boa maquiagem


Com o perdão da falta de modéstia, estou me sentindo como uma dessas atrizes globais depois de terem passado pelo camarim e seus talentosos cabelereiros e maquiadores, pela direção de fotografia e finalmente pelo poderoso photoshop que, na Tv, equivale a um software chamado Skin Detail (na Globo pelo menos).


No que se refere à maquiagem, para mim o grande lance é ser maquiada e não parecer que se está maquiada. Ou seja, dar a impressão de que se nasceu assim mesmo. A iluminação e o corretor de imperfeições, seja para foto ou para imagem em movimento, claro, vêm para completar o trabalho.


Tudo isso resulta num efeito tão bom que a gente se olha e quase não se reconhece. Fica com uma vontadinha de "ser a própria imagem". Veja você que é assim que estou me sentindo depois de uma sessão de fotos em estúdio com minha barriga de fora. É incrível como acabei projeção de mim mesma e como isto ao mesmo tempo me fez bem, já que nesta fase, a gente vai a cada dia se acomodando dentro de formas cada vez mais redondas e distantes do que se tem por conceito como um padrão de beleza "convencional".


Então experenciei o que na verdade já imaginava com relação ao mundo das celebridades (guardadas as proporções). Uma boa produção faz maravilhas com leite de moça. E agora mais do que nunca vou lembrar disso cada vez que vir uma mulher de parar o trânsito na revista ou na televisão. De fato, a da foto ou da tv não existe.


É como a história da menina que fez uma sessão de fotos para a playboy e, depois de tanto photoshop, esqueceram de colocar o umbigo dela de volta nas fotos publicadas na revista.


No entanto, apesar da elaboração racional, ainda me faz confusão pensar como o belo, apesar de tão fugaz, tem tanta força de sedução a ponto de continuamente nos iludir. Era isso que Platão, Freud, e talvez tantos outros mais já tinham entendido a respeito da ação do belo (sentido lato) sobre nós e de quanto, ainda que fugaz, é absolutamente necessário. Ou como diz Caetano, "... a beleza e seu dom de iludir".

















Sobre as fotos, deixo algumas no blog, fazendo a ressalva que foram salvas, por questões mercadológicas, em baixíssima resolução pelo estúdio que as fez e por isso não chegam perto das que tenho impressas. São apenas o reflexo distante das "reais".

Em tempo, a maquiagem é do Júlio que trabalhou alguns anos maquiando estrelas para cinema e tv em São Paulo. E as fotos da Nildete do System Lab.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

O tempo

Você pode fazer todo tipo de exercício para tentar se libertar do calendário. Ignorá-lo, reinterpretá-lo, adulterá-lo, ressignificá-lo, enfim... Pode exercitar possibilidades em busca da crença ilusória de que o tempo que corre inevitavelmente e a idade são convenções dos números e dias da semana organizados nas folhinhas de janeiro a dezembro. No entanto, como abstrair a data mais importante dos 365 dias? Como torná-la uma simples convenção?

Sou ariana, com ascendente em escorpião. Sou de 71 (mas não uma vagabunda confessa). Mais precisamente das 19h de um 14 abril dando os primeiros ares de frio segundo o que contam. Exatamente como hoje, 37 anos depois. Uma segunda de friozinho bem gostoso depois da temporada de calor.

É incrível como para mim este clima ameno produz um sentido de "inaguração oficial" do ano e do ritmo intenso de trabalho que vem com ele. É como se até agora, de alguma maneira, estivesse ainda misturando ainda o sabor de um dolce far niente nos ventos quentes que o outono (no calendário) insistia em trazer com os dias que correm e nos situam no quarto mês do ano.

Hoje, no entanto, foi diferente. Manga comprida e sapato fechado. E em uma segunda feira.
Nada mais paradgimático para uma inaguração, um começo de qualquer sonho, projeto ou trabalho. Dizem que segunda feira é, por exemplo, o dia oficial de começo das dietas.

Nesta segunda feira, dia do meu aninversário, mais que idade, inaugurei o outono para mim mesma. E tudo o que essas folhas do calendário já caídas possam significar para aquelas que ainda vão cair.

O dia começou bem e terminou ainda melhor. Lembranças, telefonemas, beijos e abraços afetuosos. E o mais importante, nenhum deles me pareceu apenas convenção.

De brinde ainda fui fazer um novo exame. Eu e o Pedro fomos ver o coração dele. Ventrícolos, artérias, veia aorta. Tudo bem. Tudo dentro das medidas e intensidades de fluxo. Esse guri tem um "bom" coração. Nem nasceu ainda e já me deu presente.

Espero ansiosamente por conhecê-lo. Especialmente porque uma série de cirscunstâncias me indicam mais do mesmo: é um menino muito especial.

Corujices sem pedir licença são das leis do planeta mãe.

domingo, 6 de abril de 2008

O Casório



Tudo começou com suposições. E foi evoluindo para uma possibilidade concreta, ainda que a idéia sofresse, de início, a nossa resistência (minha e do Dê). A partir de então, assimilada a idéia de casamento com direito à celebração e festa, foram algums meses marcados por preparativos, organização e empenho de uma série de pessoas. (Questa parte dedico especialmente a la famiglia. Chi tanto lavoro. Grazie!!!!) E assim, no dia e local marcados - 29/03/2008 - lá estávamos nós casando em Faxinal do Soturno numa festa para mais de 200 convidados, com direito à benção religiosa, casamento civil seguidos de comemoração e bebemoração. Nem eu achei que nosso casamento produziria sensações tão boas. São freqüentes os convidados que até hoje me falam do quando se emocionaram e do quanto gostaram da festa. Eu particularmente adorei. Foi muito emocionante ver todos os amigos e parentes lá vibrando conosco. Eu e o Dê nos divertimos muito. E o Pedro deu todas as cambalhotas possíveis em resposta à minha insaciável vontade e disposição para dançar naquela noite. Não fui a última a deixar o salão por insistência do noivo. Este sim estava cansado. Eu, gestante de 5 meses podia dançar por toda a madrugada. Para ilustrar os festejos deixo umas fotinhos.