segunda-feira, 31 de março de 2008

Emoções


Não sou exatamente uma mulher de emoções imediatas, freqüentes e fáceis. Apesar da passionalidade que também me compõe e que me faz capaz de emoções intensas, sou ao mesmo tempo muito seletiva e exigente para que algo de fato me toque. Faço esforço para ver encanto onde as pessoas vêem e até mesmo para não me irritar com certas "doçuras desmedidas" onde o mundo sentimentalóide poria certamente a legenda do "ai que amor".

No entanto, preciso confessar que a gravidez tem operado algumas mudanças nisso. Mais do que sentir cheiros e sabores com precisão canina, são transformações emocionais que justificam o que o senso comum diz por aí sobre as grávidas e os beijos de novela que as põe à flor da pele, como diz nosso amigo Zeca Baleiro.

Ou seja, mais do que habitualmente, quando engravidamos as novas configurações hormonais vão produzindo sensações diferenciadas que resultam numa espécie de nova "lente" com a qual vemos e apreendemos o exterior. Uma lente que parece catalisar o que sentimos e dar novos contornos a velhos conceitos e às relações mais habituais.

Falo sobre isso hoje porque juntamente com a gravidez e as alterações de humor e de sentidos, tenho vivenciado situações e experiências especialmente fortes.

Parte disso vem do fato, claro, de estar esperando o Pedro e de ser mamãe pela primeira vez. Ser mãe ainda que em estágio potencial/virtual tem me feito pensar desde meu papel como filha até mesmo como professora onde os elementos de uma relação maternal de alguma maneira se põem presentes também.

Soma-se a tudo isso o fato de que me casei no último sábado. Depois de namorar, fazer livros juntos, fazer um bebê, morar com o Demétrio, posso dizer que fiz um caminho gradativo, bem "step by step" até a oficialização da junção das escovas de dentes. Isso torna o momento menos radical, é verdade. E fez de mim uma noiva muito calma.

Calma até o momento do ato em si porque a partir da chegada no salão onde a cena estava posta. Centenas de olhos diretametne focados em mim, seguidos de uma fala tão bonita da Olga nos dando a benção, o Dê visivelmente emocionado, padrinhos chorando (dizem que até o cameraman chorou)...E eu tentando me segurar para não estragar a maquiagem...

Bem, dali em diante as lágrimas vieram muito fáceis...e durante toda a festa...Na hora dos cumprimentos, ouvi alguns textos muito especiais e chorei mesmo...


Tô "fragilzinha" até agora (rs,rs).


Ainda não tive acesso às fotos. Mas assim que tiver, coloco algumas no blog.

Por enquanto vai uma do biscuit que tirei com minha câmera.

4 comentários:

Demétrio de Azeredo Soster disse...

É tudo verdade! Sou testemunha! (: Smuuuuuuuuuuuuucka!

Rodrigo Nascimento disse...

que massa!
parabéns. Compartilho dessa felicidade por gostar MUITO de vocês!

Amanda Mendonça: disse...

Esta é mesmo a hora de admitir que somos frágeis, digo, deve ser. Ainda não me casei e na verdade não pretendo (no fundo, no fundo, quem sabe). Fora que o casamento agregado a uma gravidez aparentemente desejada deve ser mágico. Mas como mera aluna que sou, devo parar por aqui antes que decida por fim vivenciar a mesma magia, o que com 17 anos seria catastrófico.
Parabéns pelo casamento, pelo Pedro e pelo blog.

Até quarta =*

Sancler Ebert disse...

Quero desejar muuuuuuuitas felicidades para vcs!!! Ah, adorei o biscuit!!!!