terça-feira, 6 de maio de 2008

Nas cavernas

Este post ficou incubado por muito tempo. As notícias são tão brutais e impactantes que, ao mesmo tempo que gritam para que algo se diga, também dispensam comentários, dado o sentido totalizador. É um horror e isto está posto.
Estou falando dos temas mais "agendados" na semana. O casal Nardoni, o monstro da Áustria e junto com eles, já evoquei até mesmo a louca lá de Goiânia que tirava a menina-empregada prá modelito de suas experiências de tortura particular.
Os requintes de crueldade desses casos me fazem pensar sobre os nossos monstros. Eles nunca nos abandonaram. Em milhares de anos de civilização, temos feito apenas controlá-los e com certo custo. Isto no caso do que se "comportam" como civilizados. Mas para alguns, não há hipótese de controle. Para esses, os monstros que habitam a escuridão de seus porões pessoais escapam. E trazem à luz seus horripilantes desejos e fantasias que são convertidos em realidade.
Essas pessoas não lutam para que a caixa de pandora permaneça fechada. São abjetos. Desprezíveis. E, possivelmente, até nas cavernas, maculariam as regras mais básicas de sobrevivência justamente por não fazer idéia do que significa "con-viver".
Se Deus ou qualquer ente responsável pela obra da criação existir, fatalmente vive em grande frustração, já que nem mesmo o tempo e seus avanços, supostamente investidos na melhoria da qualidade de vida dos humanos, tem produzido algum efeito. Ok, não grunhimos mais, é verdade. Mas ainda permitimos que certos eventos, não concebíveis em sua natureza hedionda nem mesmo no terreno da ilimitada imaginação artística, aconteçam e se perpetuem.
Preciso pedir desculpas ao Pedro. Honestamente, não era esse o lugar para onde gostaria que ele viesse para ser amado, para crescer como um indivíduo saudável e feliz e para, sobretudo, experienciar a vida humana.

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