Pedro tem dez dias de vida. E hoje foi à primeira consulta no pediatra. As notícias foram bem boas. Ele já aumentou de peso mais que o dobro do esperado para o período, bem como cresceu em dez dias o que geralmente os bebês levam um mês.
O pediatra também disse que o umbigo está uma beleza.
E nos tranquilizou: os choros do guri por mais freqüentes que sejam, não são de mal algum a não ser de fome. É isso mesmo. Posso dar de mamar o tempo inteiro ao Pedro e sempre será insuficiente dado o fato de ele ser um bebê GIG - gigante para idade gestacional. Ou seja, preciso me alimentar bastante (difícil, hein!), descansar mais ainda ( mais um desafio), tomar muito líquido para poder manter a produção de leite que já considerável e cumprir com a demanda necessária aquele corpinho para que se desenvolva saudável e não passe fome.
Nesse tempo da chegada dele aliás, o que mais faço é amamentar. Por sorte tenho bastante leite. Mas os bebês precisam de tempo para mamar. Mamam e como isso lhes exige grande esforço, dormem na seqüência, em seguida acordam e continuam mamando.
O corpinho é 90% água e por isso sentem muito frio. Assim, mamam, mamam e também mamam.
Olho para ele agora e já vejo as mudanças de peso e altura em relação ao nascimento. E fico maravilhada. Boba mesmo. Depois da visita ao pediatra então tenho a sensação de estar fazendo bem feito diante dos resultados dos esforços.
E fico a contemplar o serzinho. Lindo, cheiroso, gostoso de tocar.
E não sou nada mais nada menos que a mãe dele. Por todo meu orgulho de ele ser meu filho e ser tão tudo isso preciso fazer alguns agradecimentos a quem me ajuda na tarefa.
Primeiro aos médicos. O doutor Carlos com sua seriedade e comprometimento contribui decisivamente para que eu tivesse uma gravidez tranqüila e saudável. E no momento do parto não foi diferente.
Ao anestesista, doutor Marcelo que me fez companhia durante o processo também garantindo a calma necessária.
E a partir de agora, ao pediatra Jorge Bertão que tem nos ajudado nessa tarefa de tornar este garoto um "homem".
Além deles, e mais que importante que todos, o meu agradecimento vai ao super mega pai. Companheiro de tempo integral - "full time" - o Dê divide rigorosamente tudo comigo e só não amamenta por questões anatômicas e fisiológicas. E o mais legal de tudo é que faz por puro prazer. É isso mesmo. Ele gosta e muito e de trocar fraldas, de dar banho, de colocar para dormir.
Vejo ele fazendo essas coisas todas e penso que assim a maternidade tem outro gosto. Transforma-se numa experiência doce e prazerosa porque rimos juntos quando o Pedro faz xixi durante a troca de fraldas, quando esquecemos a toalha ao dar banho no piá, quando flagramos ele sorrindo enquanto dorme, enfim. O que o Dê sabe e que talvez muitos pais não saibam é que são eles próprios que mais perdem ao não participar efetivamente dessas tarefas. Perdem momentos ricos e inesquecíveis e que sobretudo passam muito rápido para que sejam desperdiçados.